6 de agosto de 2010

Tempo, por Tiago Felix.

Esse escrito sobre o Tempo, escrito leve e breve, é de um pernambucano muito querido e inspirador! Vindo de Pernambuco não poderia ser diferente...

O encontro entre Rio e Pernambuco se deu em um trem maria fumaça, num dia de muitos afoxés, cocos e baques de maracatu! Pernambuco é um lugar que te envolve com muita cultura, arte e história. Lugar de pessoas e criações fascinantes como Cordel do Fogo Encantado, Chico Science, Mestre Ambrósio... E amigos encantadores como Tiago Félix e Mateus Barros! Pessoas de axé forte!!!


Tempo...
                      
Tempo que levamos para esquecer...
Tempo que levamos para lembrar...
De tudo que se sonhou para uma vida que se planejou.
E que o tempo, assim com o tempo apagou.
E assim, levasse tempo, para planejar uma nova temporada na vida, da vida.
Que o tempo nos mostra e acaba nos levando com ele, ou com ela?
Não dá ao certo para saber, se o tempo é ele ou se é ela.
Fica mais uma pergunta?
Sobre uma interrogação da vida e do tempo.
Mas o tempo não gira ao nosso favor.
Nós que corremos atrás dele! Ou sei lá...
Só sei que corremos atrás de alguém.
E esta pessoa não está no tempo, nem o tempo está nela.
Nós é que vagamos pelo tempo, a procura de algo? Ou de alguém que nele não está...
Então só nos basta uma coisa, que é: Procurar...

5 de agosto de 2010

CBJE

Como prometi, vim falar sobre a CBJE (Câmara Brsileira de Jovens Escritores). Tomei conhecimento do site por um primo, Cássio Fonseca. Trabalho com correção/revisão de textos e ele tinha me mandado alguns com esta finalidade. Foi então que o Cássio me disse que enviaria para a CBJE, me passou o link e recomendou que eu fosse conhecer. Foi o que fiz. Santo Cássio! hahaha Graças a ele conheci o site e resolvi fazer alguma coisa.

Alma e eu tínhamos um projeto de publicar um livreto de poemas nossos. Acabou não saindo do mundo das ideias o projeto... Até que o Cássio me falou da CBJE. Fui logo contar pra Alma e resolvemos colocar nosso projeto em prática, mesmo não sendo um livro só nosso. Rapidinho enviamos nossos poemas para lá e ficamos esperando a resposta, que nos diria se tínhamos sido selecionadas ou não. Vários dias de ansiedade e tivemos a alegria de receber um sim! Nossa vontade foi saciada: tivemos um livro com poemas nossos publicados! Ainda não é só nosso, mas pra começar já tá valendo! E como!

Eu mandei 2 poemas, naquela de que "se um não for escolhido, pelo menos tem o outro concorrendo". Acabei tendo os 2 selecionados. Um deles foi o "Saber e querer". O outro foi o que saiu no mesmo livro em que saiu o da Alma: "Os Mais Belos Poemas de Amor". (O título do livro não foi escolhido por nós, mas já deixo o aviso: Sim, eu sou brega! Não me orgulho, nem me evergonho disso, apenas assumo sem problema algum! hehehe) O texto dela se chama "Mulher arrependida" e o nome do meu é "Que tudo seu seja eu". Em breve eles estarão aqui no blog.

Ah, no "Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos" (edição número 65), tive outra alegria: tem um texto do Cássio nele também! Fiquei contente pelos 2 livros! E no mesmo "Antologia", porém na edição 68 (que será lançada em setembro de 2010), já tem outro texto meu! Estou começando a tomar gosto por essa coisa de escrever e publicar... em livro ou online!

Bem, fica aqui reforçada a recomendação: vale a pena visitar o site.
Já ia esquecendo: o Cássio já está entre os autores mais lidos do site, tem até entrevista! Que orgulho!

Saber e querer

Já que minha amiga Alma levantou o assunto das noites de insônia... E como eu já comentei sobre a postagem dela, nessas noites acontece muita coisa... a maior parte acontece dentro de nós. Aliás, vou responder por mim, afinal, não sei se todo mundo "viaja" igual.

O fato é que minha mente ferve nessas noites. E dessas fervuras às vezes saem coisas legais, coisas úteis, como respostas, ideias, poemas... Quando minha cabeça fervilha demais, minha terapia é escrever. Às vezes escrevo diretamente o que aconteceu e, só de botar pra fora (mesmo que por escrito), alivia bastante. Mas outras tantas vezes escrevo apenas a emoção diluída em outras histórias. Até porque nem sempre a história original é tão legal quanto eu gostaria que fosse! hehehe Então a criatividade me ajuda nessa hora! Enfim, numa dessas noites escrevi um poema. Esse é um daqueles que fazem parte desse último caso que citei - a situação não é real, tem pouca coisa minha de verdade. Foi pura ficção, saída de uma série de coisas que passavam na minha cabeça na hora. Hoje nem me lembro quais eram! Mesmo assim, acabei gostando do resultado.

Este poema foi publicado num livro. Não é um livro meu. Ainda! É um livro publicado pela CBJE: Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Vale dar uma olhada no site: www.camarabrasileira.com Falarei sobre eles num outro post. Bem, este poema saiu no livro "Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos", número 65. Tive que reduzir e modificar um pouquinho o meu original para caber nas normas do site. A versão publicada no livro ficou legal, mas, aqui no blog vou postar o original, que acho melhor - sempre com a modéstia à parte!

O poema leva o título desse post: "Saber e querer" e segue abaixo.


Nas curvas a culpa me estimula
a noite linda, a lua linda
A estrada deserta, a mente cheia
de vontades, ideias, desejos
A sensação surreal daquele momento
imerso em emoções ilícitas
pela moral e pelos bons costumes
Que se explodam os bons costumes
pouco me importa a moral
quero saber só de mim
e do que estou prestes a fazer
Só o luar me observa
só as estrelas por testemunhas
E essa vontade que não passa
me domina, me condena e liberta
Deixe que eu me sinta livre agora
só agora, só um pouco
para compensar toda a vida
Hoje eu não respondo por mim
ou talvez seja o contrário
talvez eu tenha desde sempre
respondido pelos outros
pensando sempre nos outros
Mas hoje vou pensar só em mim
no que eu quero, no que não posso
no que não devo e mesmo assim vou fazer
Eu sei o que faço e ainda assim o faço
ninguém nunca vai saber
Me entrego então a esse desejo
vou parar de resistir
parar de pensar, de me proibir
Vou dançar e vou sorrir
não existem regras para me punir
Não existe razão nem consciência
hoje sou livre, sou só essência
o corpo e a carne sem amarras
a alma leve, o ar denso
quase palpável
de volúpia e de desejo
do que sinto, do que vejo
da tua pele, da tua boa, do teu beijo
da tua mão na minha nuca
segurando meu cabelo
meus ouvidos ouvindo teu som
minha pele sentindo teus dedos
meu olfato sentindo teu cheiro
minhas mãos te segurando
minhas unhas te marcando
minha boca e a tua, a noite e a lua
o querer e o poder, o início e o fim



Este foi o poema. A versão do livro é menor e mais "light". Quem quiser ler o que foi publicado, pode ir ao site da CBJE e procurar nas edições anteriores.
Por enquanto é só.

2 de agosto de 2010

Uma noite de insônia: inquietação...

O assunto...
             Três mulheres e uma rodada de cerveja. E o assunto? O ato de questionar! Questionar a vida, o mundo, as pessoas. O ato de nos colocar como críticos do mundo e de nós mesmos. E por que deste assunto? Porque questionando o mundo nos tornamos inquietos e angustiados. E essa angústia, essa inquietação, nos persegue e consome em todos os momentos. Nos abastecem de ressacas morais e crises existenciais. De noites de insônia!

                E esse vício de questionar nos faz, muitas vezes, ser o que muito desprezamos, prepotentes e cheios de verdades!!! Nos vestimos de preconceitos (bobos) e definições sobre o que é certo ou errado sobre tudo. Mas ao mesmo tempo conseguimos desconstruir essa verdade e perceber que há outras lógicas, outros entendimentos... E o nosso (o meu) é só mais um! E é justamente essas idas e vindas de pensamentos e construções que nos inquietam e nos angustiam...

Esse foi o assunto! 

O meu questionamento...
              Às vezes eu acho que sou menos feliz que os outros justamente por questionar tanto o mundo. Acho isso toda vez que passo pela minha rua e insisto em perceber tudo o que acontece no trajeto até minha casa. Vejo todos os dias pessoas que moram em uma casa do tamanho de um cômodo e estão sempre em suas portas, jogando conversa fora, vendo futebol na TV do bar, cheias de criança em volta... E vivem o mundo com o pouco que a vida oferece!

              Defino como pouco (julgo como pouco no meu momento de prepotência), pois vejo o mundo como algo infinito e que é tão pequeno reproduzir o que todos fazem há séculos. Acho tão sem sentido seguir na corrente da rotina e dos padrões que devemos tomar como nossos. E me inquieto por saber e sentir que o mundo é do tamanho do horizonte e eu só experimento o pouco que a vida me oferece, pois sigo na corrente da rotina.

                 Essa é minha angústia e por isso, eu nego o que é padrão e questiono a vida e o mundo a minha volta...