23 de novembro de 2012

Notícias Suas...




Bom dia! Já faz tanto tempo... Que hoje ao levantar da cama só pensava em você! Não sei o que era ao certo. Não era bem saudade a palavra certa a se descrever. Era mais lembranças dos dias que saímos juntos, eu, você e os outros. Para dançar, ver um cinema ou até jogar conversa fora como de costume.

Corri, corri, corri...  Para começar mais dia. Banho, café, sapato. Estou pronto! Agora correr para o ponto de ônibus. Então! Entro no bus e fico a imaginar coisas do nosso dia-a-dia que já foi. Não é mais pela distância. Eu aqui, você ai. E os outros... Os outros, nós todos, todos nós.  Agora, cada um com um compromisso, uma parte ainda próxima... Outra parte distante. Nem mesmo o celular ou o e-mail está nos ligando... Ponta a ponta como deveria ser.

É por isso que pensei em voltar a um tempo mais atrás. Onde já que eu não poderia ver você, eu escreveria, falando de mim: Do que se passou nessa ausência de nossas cabeças. E ao mesmo tempo lhe diria tudo que há de novo em meu dia-a-dia. Querendo respostas suas sobre tudo isso... Que acabaria de lhe contar nas linhas do papel rabiscado a mão, por lápis ou caneta.

E é claro! Contaria os dias... Para receber a sua carta como resposta da minha. E saber de você. Quais as suas novidades. O que fez? O que tem feito! Se ainda está só... Ou Se já constituiu família?
Não sei.
Notícias suas... É tudo o que quero.

Tiago Felix.
Recife. 02.07.2012

19 de novembro de 2012

Rosa

Hoje uma amiga do facebook fez um comentário que era o título de um poema que já postei aqui: "Saber e querer". Passei o link do blog, ela leu, se emocionou, disse que sentia como se ela mesma tivesse escrito cada uma daquelas linhas. Fiquei super feliz, conversamos um pouco e deu saudade do blog. Então vim postar um poema que é bem curtinho, mas do qual gosto muito.
Fiquei pensando nas coisas simples da vida. Nas oportunidades que ela me trouxe e que eu aproveitei. Nos momentos bons. Esse é um poema fictício, que fala da rosa. Não é à toa que meu pseudônimo aqui é Flor. Amo flores. Não sei se tenho uma preferida. Amo as rosas, mas também amo as tulipas, margaridas, orquídeas, campânulas... Também amo as árvores que dão flores, como o Jacarandá Mimoso, Mulungu, Ipê, Acácia... Por isso digo que o poema é fictício. Mas é verídico na mensagem que ele carrega.
Esse poema foi escrito em um período de saudade mesmo. Por isso tem esse fundinho melancólico. Hoje eu estou feliz. Ainda bem que o tempo triste passou...
Acho que toda mulher ama flores. Eu ganhei poucas ao longo da vida. Quero ganhar mais. Acho bonito, delicado, de muito bom gosto. Mas não posso reclamar, as que ganhei foram muito significativas! Como é bom receber flores!
Este poema foi publicado no livro "Versos Verdes" em 2010, pela CBJE.

Rosa

Eis aqui a rosa
minha flor preferida
não é orquídea
nem é margarida
não é opulência
nem é simplicidade
mas aplaca a carência
e a dor da saudade